quarta-feira, 24 de junho de 2009

Vereador Marlos denuncia péssimas condições de funcionamento em Pólo Sanitário em São Gonçalo



Mofo nas paredes e teto, graves problemas estruturais nas salas de vacinação, de armazenamento de vacinas e consultórios de otorrinolaringologia e odontologia, banheiros interditados e diversas outras irregularidades. Estas foram as condições de atendimento levantada pelo vereador gonçalense Marlos Costa (PT) durante uma vistoria ao Pólo Sanitário Hélio Cruz, em Alcântara, em São Gonçalo.

“A unidade está muito precária. Vamos cobrar providências à Secretaria de Saúde. Se for preciso, farei visitas e pronunciamento semanais na Câmara, até que alguma providência seja tomada. Também farei uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para reforma e modernização do Hélio Cruz”, se comprometeu Marlos.

Os problemas da unidade podem ser percebidas logo na entrada do Pólo. A tampa da cisterna, ao alcance de qualquer criança está enferrujada. O parquinho funciona em um cercado de areia, que também não apresenta boas condições. Buracos no muro servem de passagem para ratazanas, que habitam o rio que passa nos fundos da unidade.

No primeiro andar, em um mesmo corredor, pacientes da Clínica Médica, Ginecologia, Odontologia, da Nutrição, Planejamento Familiar e dos laboratórios são atendidos no mesmo local que pacientes portadores de tuberculose e hanseníase. O problema é que a área não apresenta a circulação de ar necessário, colocando em risco a saúde de pacientes e funcionários.

“Tivemos denúncias de profissionais que acabaram ficando doentes por conta dessa situação. No meu pouco entendimento, creio que o local adequado para o atendimento dos pacientes tuberculosos e com hanseníase deveria ser nos consultórios do pátio, onde a circulação de ar é maior”, disse o vereador.

De acordo com os funcionários, o consultório odontológico porque as mangueiras da cadeira estão com vazamentos, e caso forem usadas, podem provocar choque elétrico em pacientes e profissionais. Na sala de otorrinolaringologia, no segundo andar, Um plástico preto cobre a janela.

Na sala de vacinação no segundo andar, um balde apara a água que vasa da pia de loca, mas que deveria ser de inox, segundo profissionais de saúde. Também mão há caixa descarpark, para a inutilização de material descartável, como agulhas usadas. Os ventiladores estão sujos, e o ar condicionado estalado precariamente foi comprado através uma vaquinha dos funcionários, depois que o antigo aparelho foi roubado. Um aviso na parede pede para não desligarem a luz da sala de vacina, já que a ligação é improvisada, e se for desligada, não ligará mais.

A segunda sala de vacina está desativada por problemas elétricos. Já a sala de armazenamento de vacinas não tem janela, nem aparelho de ar condicionado. Os isopores utilizados para transportar vacinas são armazenados empilhados sem qualquer cuidado em uma outra sala desativada.

O Pólo Sanitário Hélio Cruz é responsável por coordenar seis postos de saúde e 36 equipes do Programa de Saúde da Família. O administrador acumula a função de diretor da unidade, o que não deveria ocorrer, segundo a estrutura de funcionamento dos pólos. Apesar disso, a unidade teve o telefone cortado por falta de pagamento e não possui nenhum carro para o transporte de vacinas ou monitoramento dos pacientes dos programas de tuberculoso e hanseníase.

O Pólo não tem sequer um aparelho autoclave. Os instrumentos dos dentistas e do otorrino são esterilizados em uma estufa, o que não é recomendado pelos profissionais de saúde, já que não eliminaria vírus como o da hepatite.

A unidade, possui três clínicos gerais, três pediatras, três otorrinos, dois penumologistas e cinco puericultoristas – pediatras especializados no atendimento a recém nascidos e crianças em desenvolvimento. Contudo, cada um desses profissionais trabalha apenas uma vez por semana, em um turno.

“A gente faz o que pode. Às vezes tira dinheiro do próprio bolso para tentar resolver alguns problemas”, disse um funcionária da unidade, que preferiu não se identificar.

5 comentários:

  1. Fico feliz em saber que suas atenções não estão totalmente voltadas para a educação!

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  2. A situação é geral....não tem remedio,material de limpeza....tudo é adquirido por meio de vaquinha.....e isso não é só nos polos,a situação dos postos de psf é triste....

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  3. no posto alexandre fleming(boaçu)não tem nenhum material de limpeza.Não faço idéai como é feita a limpeza da sala do dentista...ratos,baratas...um fedor de esgoto que impossibilita qualquer um de ficar dentro do posto....um lugar onde vamos tratar da saude,é mais facil adquirir doenças lá....sem falar nos varios dias que falta agua...é o fim!

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  4. Dúvida:a que empresa de segurança pertence aqueles homens que estão a controlar o fluxo de entrada e saida na porta do pronto socorro???ate onde vai meu conhecimento deveria ali está guardas municipais devidamente fardados e identificados....mais não:homens de calça jeans e camisa preta portando arma de fogo e sem nenhuma identificação....certa ocasião estive naquele local,observei o fato e não pude deixar de questiionar,sabe que resposta obtive:senhora,pergunte ao doutor marcio panisset,ele nos conhece muito bem!até onde vamos com esses desmandos?gostaris que a resposta fosse postada neste blog....a população tem o direito de saber,não acha?

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  5. É realmente a situação é simples assim... Vemos coisas que nem acreditamos. Sabe aquele ditado "Deus no céu e Marcio na terra" é assim que funciona. Veja bem no Pronto socorro Central, como também no Pronto Socorro Infantil Darcy Vargas, esses homens trabalham como segurança, como se estivessem num baile FANK, armados e sem nenhum preparo para atender e entender quem chega desesperado pela perda ou pela dor nessas unidades. Sem contar que as "obras" efetuadas, são totalmente fora das normas da ANVISA, agência nacional de vigilancia sanitaria, basta observar o consultório de atendimento, onde foram colocadas 5 ou seis mesas , onde são atendidos todos de uma só vez, sem nemhuma privacidade, e, a "REFRESQUEIRA", sim no meio do corredor , mas especificamente na porta do trauma pelo lado de dentro , há uma refresqueira de lanchonete com bioscoitos para os pacientes. Totalmente sem noçâo? ou o descaso com a população pobre é evidente. Muitos são os erros, mas, ele pode tudo. E o povo que se dane!

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